Coreia do Sul

 

O sul da coreia tem praias soalheiras enquanto no norte montanhas escarpadas.

Um voo entre Inglaterra e Seoul demora cerca de 10 horas.

 

SEOUL

A capital da Coreia do Sul, Seoul é uma cidade “rápida”, caótica e amontoada de luzes néon. Esta é a 5ª maior cidade do mundo, onde encontramos ruas engarrafadas, passeios cheios de pessoas e muitos carros a circular. Existem poucas pessoas nas ruas que falem fluentemente inglês e as placas com indicações são praticamente inexistentes.

Apesar de nos fazer um pouco de confusão, Seoul é uma cidade muito segura, onde podemos ir a qualquer lugar, seja de dia ou de noite sem termos qualquer problema.

Podemos nos desorientar nas ruas, pois mais parecem um labirinto. Para nós ajudar a nos orientar e conhecer melhor a cidade, existe um serviço gratuito no Gabinete de Turismo. Caso possamos entrar em contacto com eles, é-nos disponibilizado uma pessoa que fale fluente inglês para nos mostrar os locais mais emblemáticos da cidade durante um dia.

Se procurarmos um táxi, temos duas possibilidades. Ou entramos num táxi comum que de certeza o motorista não fala inglês ou entramos no chamado Táxi de luxo, que se distingue dos restantes por serem são negros e os motoristas conduzirem de luvas brancas. A maioria dos motoristas destes táxis falam inglês, porem quando não se sentem à vontade passam-nos um telefone para uma central onde do outro lado está uma pessoa que nos possa entender e desse modo posteriormente dá as indicações ao motorista para onde queremos ir. É importante referir para quem chega à cidade é um excelente serviço, no entanto tem um se não ... é bastante dispendioso.

Se optarmos por escolher o Metro é uma excelente escolha, apesar das placas com indicações encontrarem-se em coreano, podemos viajar para todo o lado por aproximadamente cerca de $0,50, sendo bastante acessível. As carruagens encontram-se bastante limpas e algumas têm no chão relva artificial, luzes néon. São carruagens decoradas por artistas e podemos mesmo dizer ... “têm muito estilo”.

Kyongdong é o maior mercado da cidade. Existem mais de 1000 bancas no nele. Este funciona das 7h às 19h, e podemos encontrar tanta variedade de artigos à venda desde roupas funerárias, ginseng ou até mesmo cambiar o dinheiro estrangeiro no “mercado negro”.

Para conhecermos a noite de Seoul basta sair à rua, até podemos dizer uma pequena metáfora: “se Nova Iorque é a cidade que não dorme, Seoul é a cidade que nunca pára”.

O ideal se procurarmos um bar, é irmos a um bar de “executivos”, pois temos mais probabilidades de encontrar pessoas que falem inglês e que estão disponíveis para nos ensinar alguns gestos de educação que são muito valiosos na cultura Sul Coreana.

Por exemplo, pegar com as duas mãos um copo é sinal de boa educação. Ao fazer-se o brinde devemos brindar à saúde, e por educação nunca devemos beber virados para a pessoa que estiver connosco. Devemos “esconder o rosto” e rodar para o lado oposto que estiver a pessoa com quem estivermos a falar, e depois de bebermos voltamos a falar “cara a cara”. Sempre que nos apetecer beber um pouco tem-se sempre o mesmo procedimento. O importante a decorar é que nunca devemos estar a falar com um Sul Coreano e bebermos de frente para ele.

Se pernoitarmos na cidade e procuramos algum sitio económico, existem lugares parecidos com pensões/hospedarias, que por $20 temos direito a cama e pequeno almoço. São estes os locais mais económicos que podemos encontrar em Seoul.

E que tal após uma boa noite de sono iniciar a manhã com uma excursão de autocarro para norte de Seoul?

Será esta uma das excursões mais bizarras que uma pessoa pode fazer, mas na cidade existem imensos panfletos principalmente à porta de hotéis com publicidade a esta excursão, e claro vale sempre a pena embarcar na aventura…

E então para onde nos leva a excursão? Pois bem… leva-nos até à zona desmilitarizada que possui 2 quilómetros, é a chamada terra de ninguém por ser o que dívide as duas Coreias. A fronteira situa-se a 1 hora de viagem em autocarro da capital Seoul.

Durante a viagem, podemos observar quilómetros de arame farpado ao longo do caminho e a cada meio quilómetro existem enormes torres com soldados armados.

É irónico dizermos “zona desmilitarizada”, pois na fronteira encontram-se muitos soldados de ambas as coreias, pela razão de os dois países se encontrarem num estado de cessar-fogo.

Quando chegamos ao limite da fronteira, existe uma ponte chamada “a ponte do não retorno” onde se encontram os postos Sul e Norte Coreanos.

Do lado do Sul, conseguimos avistar uma aldeia na Coreia do Norte. É chamada a aldeia propaganda, porque tem muito bom aspeto mas não reside lá ninguém. Vemos também uma enorme torre erguida em ferro e no topo a bandeira da Coreia do Norte hasteada.

A “linha de conferências” é o único ponto onde as duas Coreias se podem confrontar. Existe uma marcação no meio do solo em que de um lado pertence ao Sul o outro ao Norte, encontrando-se constantemente os soldados de ambas as partes a vigiar os movimentos mutuamente.

Apesar de esta excursão não ter muito interesse em termos de cultura, é uma excelente oportunidade de vermos mais de perto como são as relações entre as duas fronteiras e desmistificar algumas ideias. Por exemplo existe um edifício chamado Edifício dos Mapas, é o local onde ocorrem as negociações mais importantes entre ambas as Coreias. Existem microfones na mesa onde todas as conversas que ocorrerem dentro desta sala são gravadas 24 horas por dia e escutadas por ambas as partes. Existem também soldados de ambas as partes, cada um do seu lado da sala, em posição de Taekwondo.

 

JINBU

Jinbu é uma cidade que se situa a cerca de 200 quilómetros de Seoul. Para fazermos esta viagem o ideal será irmos de comboio, e tem uma duração de cerca de 3 horas a viagem. Os comboios são bastante confortáveis e acessíveis em termos de custo, podemos fazer esta viagem por cerca de $9,00.

Ao longo do percurso temos vistas maravilhosas de campos e bosques, o que se torna muito agradável encontrar este tipo de paisagens ao longo da viagem.

Ao deslocarmo-nos a esta cidade iremos encontrar a sabedoria de Buda. Logo à chegada sentimos a sensação do ar puro a entrar nos nossos pulmões, pois quem se desloca de Seoul que é uma cidade tão poluída, em Jinbu encontramos a natureza, que nos envolve numa sensação de tranquilidade incrível para pudermos relaxar e explorar o melhor que a cidade nos pode oferecer.

Jinbu situa-se no Parque Natural Odaesan, ótimo para fazer ciclismo e visitar os templos budistas.

Na Coreia do Sul praticam-se várias religiões, porém o Budismo é a que atrai mais pessoas.

Na área junto ao Parque Natural Odaesan, existem cinco templos budistas. O Templo de Woljeongsa é o maior e o mais antigo da Coreia.

Todos os templos têm água de uma fonte para abastecer um poço. Quando vamos visitar um deles, dizem-nos que só podemos entrar no templos depois de bebermos dessa água da fonte, pois seguindo dizem, aquela água irá nos dar uma vida longa e com boa saúde.

 

ANDONG

Andong é a cidade onde encontramos as raízes da cultura Sul Coreana. Existe uma aldeia chamada Hahoe, que é talvez a aldeia que mais nos aproxima da história viva deste país, ondem fazem questão de manter alguns costumes e tradições.

Para a povoação local, uma das maneiras de manter viva essas tradições, é permitindo a entrada de turistas, assim como a sua participação em eventos.

Em toda a aldeia vemos mulheres a praticarem um jogo feminino chamado “Now Twiggy”, que consiste em saltar numa tábua de madeira que se encontra apoiada em cima de um cilindro, para permitir o impulso de forma a puder saltar uma mulher de cada vez.

Segundo reza a lenda na aldeia, há muitos anos atrás naquela zona tinham sido construídos muros a fazer de barreira, e então as mulheres para puder ver além das barreiras praticavam este jogo.

Existe alojamento nesta aldeia para os turistas. São casas tradicionais todas construídas em madeira antiga. Quando as vimos faz-nos recordar “casinhas de bonecas”. E quando nos referimos a alojamento, é apenas um quarto com cama tradicional, mas torna-se agradável porque o pavimento é aquecido.

Uma coisa que nunca nos devemos esquecer… Segundo as tradições Coreanas, antes de entrarmos numa casa devemos tirar os nossos sapatos.

Nas montanhas circundantes podemos visitar mosteiros remotos, onde os monges ainda hoje praticam artes marciais, encarando esta prática como uma disciplina a seguir.

É um lugar magnífico, situado no meio das montanhas, se tivermos um pouco de sorte, podemos observar de perto os monges, é uma oportunidade rara, impressionante e muito especial.

 

BUSAN

Busan é a segunda maior cidade da Coreia do Sul e possui o maior porto marítimo do país, situando-se na costa sudeste. É também famosa a cidade por ser o destino favorito entre os coreanos para irem até à praia. Porém têm regras estranhas, só se pode entrar na água do mar a partir de Agosto e só se pode ir até à água nos dar pela cintura. Existem guardas de vigia que nos retiram da água se formos mais além.

Esta cidade é completamente diferente do resto do país que possui um estilo muito coreano. Quando chegamos a Busan vemos muitas pessoas e lojas Russas, este fenómeno é resultado direto das atividades portuárias.

Quando nos dirigimos até ao porto marítimo existe um lugar imprescindível de visitarmos. A Lota Chagalch´i, é o local onde chega o peixe fresco acabado de pescar. Convém nos levantarmos bastante cedo para podermos ir a este sítio.

Os habitantes locais têm por hábito irem escolher o melhor peixe e leva-lo ao seu restaurante favorito, onde é imediatamente confecionado.

Uma experiência interessante (para quem tiver coragem) é na lota podermos experimentar por exemplo lesmas do mar ou polvo fresco. O polvo é enrolado em dois paus e embebido num molho e come-se assim cru, ainda com alguns tentáculos a mexer-se … digo-vos já não é nada muito agradável.

 

ILHA DE CHEJU

Para podermos visitar a Ilha de Cheju é necessário embarcarmos no barco em Busan. A viagem entre as duas cidades demora cerca de 11 horas de barco, porém é bastante económico, custa cerca de $20,00.

No barco é divulgado que existem muitos serviços, tais como bar; snack bar; restaurante ou sala de jogos, mas na realidade nem sempre se encontram todos disponíveis.

Torna-se um pouco aborrecida a viagem quando não temos por exemplo o bar a funcionar, pois a viagem é muito cansativa, e o tipo de barco transmite-nos uma sensação de ser uma “sucata velha” de fabrico Russo no meio do oceano.

Quando desembarcarmos em Cheju o aconselhável é ir dormir, para relaxar depois da longa viagem de barco, para assim que recuperarmos da viagem irmos explorar o melhor que a ilha tem para nos oferecer.

A ilha de Cheju é considerada o Hawai da Coreia do Sul. Tem sido o principal lugar de férias dos coreanos ao longo dos anos. É uma ilha de origem vulcânica, com palmeiras e folhagem luxuriante, sede de muitos mitos e lendas. Existem muitos turistas a tirar fotografia o que se torna por vezes um pouco ruidoso. Em redor de toda a ilha existe estatuas a imitar animais, daí a curiosidade dos turistas em tirar fotografias junto desses “animais”.

Existe um ponto na ilha junto ao mar que é considerado o principal ponto turístico, pois é possível tirar fotografias com uma imagem de fundo é um rochedo lapidado por força de fenómenos naturais ao qual lhe chamam “Cabeça de Dragão”.

Para além da beleza natural da ilha também podemos ver as tradições culturais da ilha. Uma das tradições mais antigas é as Haenyo. São mulheres com fatos de mergulho que vão apanhar principalmente polvos e lesmas do mar, em mergulho livre (sem oxigénio), sendo que algumas dessas mulheres mais experientes conseguem mergulhar até 20 metros de profundidade.

Apesar da água ser gelada, se tivermos quisermos experimentar poderemos mergulhar junto delas.

A tradição das Haenyo existe há muitos seculos. Historicamente na Ilha de Cheju, os homens cultivavam as terras e as mulheres o mar.

A maioria das mulheres que ainda mantêm esta tradição viva, têm mais de 50 anos. A tradição está a “morrer” porque as jovens mulheres da ilha procuram profissões mais lucrativas.

Estas mulheres são um ícone da ilha, pois mergulham todo o ano, durante todo o dia, independente das condições meteorológicas. Não é uma vida nada fácil, mas estas mulheres adoram fazê-lo.

 

As coisas que mais impressionam a quem visita a Coreia do Sul, é poder ver o orgulho que as pessoas sentem pelo seu país, que o exprimem de modo bastante controlado. Não se interessam em se vão ter turistas a visita-los, mas se receberem turistas, são bem-vindos. É um país de enormes contrastes entre o antigo e o novo. Num dia estamos na imensidão da cidade numa bela noitada, e no dia seguinte estamos na montanha a meditar num templo budista ou até mesmo a mergulhar com as Haenyo. É sem dúvida uma excelente opção para quem pretende experimentar vários tipos de turismo

 

Boa Viagem....

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